Mulheres da UC na Ciência: Alexandra Aragão
Docente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e investigadora no Instituto Jurídico da FDUC, Alexandra Aragão é a convidada de agosto da rubrica Mulheres da UC na Ciência.
Numa altura em que o ambiente não era ainda um tema com "a relevância e a pujança que tem agora", Alexandra Aragão acabou por seguir esse caminho. A decisão inicial foi entre Sociologia e Direito e, após entrar nesta última, em Coimbra, "foi uma motivação pessoal" que a levou depois a escolher o Direito Ambiental. Hoje, a investigadora no Instituto Jurídico e docente na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) tem em mãos vários projetos nacionais e internacionais nesta área.
Assume-se como uma "ecojurista" e garante estar convicta "na restauração da natureza". Alexandra Aragão sente que pode "passar a paixão pelas questões ambientais, ligadas ou não ao direito, às gerações mais jovens" e admite o orgulho que sente quando estudantes a abordam sobre o tema do ambiente. "É inspirador e é por isso que nós trabalhamos, muito mas com imenso gosto", afirma.
Atualmente, acredita que "os desafios ao direito ecológico são muitos". Para Alexandra Aragão, o mundo enfrenta "um momento de viragem" e ao ver as políticas e o direito a "ecologizar", a investigadora defende que o necessário é encontrar "pessoas que reflitam [sobre] o direito ambiental" em todas as suas vertentes. "É um tema em enorme expansão", acrescenta Alexandra Aragão.
Alexandra Aragão é professora da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) e investigadora do Instituto Jurídico da FDUC, onde coordena o grupo de investigação sobre transições ecológicas e projetos sobre investigação e inovação jurídica responsável, indicadores jurídicos de efetividade do direito ambiental e radicalização do ativismo climático.
É membro do Observatório Jurídico Europeu da Rede Natura 2000 e das Águas, do Advisory Board do European Environmental Law Forum e trustee do grupo de especialistas de Direito Europeu do Ambiente Avosetta. É ainda Coordenadora da Rede ibero-americana JUST SIDE sobre justiça territorial e embaixadora para o ODS 16 da Parceria Portuguesa para o Global Compact.
As principais áreas de lecionação e publicação são ecoliteracia, ecoinovação, direito da conservação da natureza, direito dos serviços dos ecossistemas, direito dos resíduos, direito dos riscos, direito da proteção civil, direito das substâncias químicas, direito da segurança alimentar, direito do sistema terrestre.