Ciência para todos na Noite Europeia dos Investigadores 2024

Várias centenas de investigadores e voluntários encheram a Baixa da cidade para mais uma edição do evento que mostra a ciência à sociedade.

MC
Marta Costa
KP
Karine Paniza
30 setembro, 2024≈ 2 mins de leitura

© UC | Marta Costa

Foram mais de 500 os investigadores e cientistas da UC que participaram na Rota de Ciência, entre o Largo da Portagem, ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz e a Praça 8 de Maio. Os 75 pontos tiveram atividades e iniciativas para todas as idades e de áreas do saber tão diferentes como as neurociências ou a geologia, da inteligência artifical à microbiologia.

Na sexta-feira, 27 de setembro, Coimbra voltou a receber mais uma edição da Noite dos Investigadores. Em 2024, dedicada ao tema "SCIGLO: Ciência para os Desafios Globais".

Raquel Santos foi uma das investigadoras que mostrava a quem passava o que faz dentro do laboratório. Desde panfletos, um trivia, acessórios para fotografias animadas ou um quadro, na barraquinha “Conversa entre o Cérebro e o Intestino, Quem Manda Aqui?” o objetivo foi colocar as pessoas a pensar na “interação que existe entre o cérebro e o intestino e mostrar como é importante cuidar do nosso intestino”, contou.

Mais à frente, na barraquinha “Perfis de ADN para identificação civil” os investigadores estavam a “divulgar a ferramenta da base de dados de perfis de ADN a nível nacional que existe e o auxílio que presta à identificação civil e também à investigação criminal”, explicou o investigador Pedro Brito. O “desconhecimento da sociedade da base e dos propósitos” faz com que seja uma vantagem ir para a rua e mostrar o trabalho que realizam.

Na barraquinha do projeto “Empathic Spaces”, que junta a arquitetura, o design e multimédia e as neurociências, Pedro Martins era um dos investigadores que mostrava às pessoas, através de uma instalação em realidade virtual, “como é habituar um espaço do ponto de vista de uma pessoa com condições neuro divergentes. Estamos a tentar colocar as pessoas nesse ponto de vista”. “A ciência tem sempre estes dois aspetos, a produção científica e a divulgação”, realçou. Mostrar o trabalho “às pessoas, mais jovens, mais velhas, de outras áreas”, é, de acordo com Pedro Martins, “o que achamos muito importante, o não estarmos fechados no nosso espaço de trabalho”.

“A Baixa é o sítio perfeito para isto acontecer”, garantiu a investigadora Maria Casquinha. A dinamizadora da barraquinha “Os Segredos do Intestino, Imunologia, Sons, Mitos e Tabus” mostrava com entusiasmo o “Jogo do Intestino Feliz”, com líquidos verde e vermelho, a simbolizar o que seria bom ou mau para o órgão e o percurso dentro do organismo. “As pessoas aqui são chamadas e mostram interesse com a perspetiva de estar aqui muita gente disposta a falar com elas e sobre coisas que reconhecem e identificam”, referiu.

Saiba mais sobre o evento aqui. O programa da NEI 2024 em Coimbra e outras informações sobre a iniciativa estão disponíveis na webapp do evento.